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Maldição Medieval - Capítulo 1 - Parte 01

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  MALDIÇÃO MEDIEVAL   NOITE DE TERROR   CAPÍTULO 1 - Parte 01 Após o império romano ruir em 476 D.C., surge então o feudalismo, organização social e econômica. Então, as cidades praticamente desapareceram, dando lugar aos feudos. A sociedade feudal era rigidamente hierárquica. No topo estavam os reis e nobres, seguidos pelos cavaleiros e vassalos, e na base da pirâmide, os camponeses e servos. A mobilidade social era praticamente inexistente, e a posição de uma pessoa na sociedade era determinada pelo nascimento.  O sistema feudal era baseado em relações de vassalagem, onde um vassalo jurava lealdade a um senhor em troca de um feudo. O vassalo prometia apoio militar e serviços diversos, enquanto o senhor oferecia proteção e sustento. Essa relação era formalizada através de um juramento de fidelidade e a entrega simbólica de um pedaço de terra.  Um feudo era uma grande propriedade rural que incluía terras agrícolas, florestas, pastagens e, muitas vezes, um castelo ou uma fortale

O Enigma da Pantera - Capítulo 4 - Parte 01

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  CAPÍTULO 4 - Parte 01   DE VOLTA AO PASSADO  Na época, eu era um jovem detetive. Ao receber um telefonema do delegado Raul solicitando os meus serviços, eu chegava, finalmente, a Tocantínia, pequena cidade inserida nesta grande região. Já não o via há alguns anos, e ficamos muito felizes ao nos encontrarmos.  Sentado próximo à sua mesa de trabalho na pequena sala da delegacia, com o dedo indicador de sua mão direita, ele apontava para alguns pontos num mapa e me dizia: "As mortes têm ocorrido principalmente neste trecho que fica entre algumas fazendas, Ricardo."  Ergui-me para ver melhor. Em seguida, perguntei:  "Sempre nas imediações do riacho, hein?"  Ele balançou a cabeça, confirmando: "É o que tenho percebido. Depois da morte do Luisinho e seus amigos, pelo menos mais três pessoas tiveram, também, o mesmo fim. Houve uma pausa de cerca de um mês, se me recordo bem. Mas, ontem, aconteceu outra vez."  Pensativo, sentei-me outra vez. Fixei o ol

O Enigma da Pantera - Capítulo 3 - Parte 02

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  A doçura da voz dela o consolou momentaneamente. Em toda sua vida, ele foi um homem muito emotivo. E, naquele instante, não poderia ser diferente. As lágrimas rolaram pelo rosto. Ele era um homem solitário. Ao morrer a esposa, passou a viver numa pequena fazenda.    Muitos anos depois, apesar de evitar... e até mesmo pensar sobre o passado, finalmente, influenciado por um amigo, resolvia de uma vez por todas “exorcizar os fantasmas”... de um passado remoto.   "É... A vida é apenas um doce momento reservado para nós, simples mortais." Disse ele em tom melancólico. Uma hora depois, eles retornaram à fazenda.  "Gostou do passeio? Perguntou Ricardo, já devidamente sentado na varanda.  "Muito." Respondeu ajeitando os cabelos, pois chegava até eles um vento repentino. Então, após checar a câmera, disse:    "Se quiser, podemos começar agora, Sr. Ricardo.    "Sim. Mas antes quero lhe dizer uma coisa."    "Diga!"   Ele a olhou fi

O Enigma da Pantera - Capítulo 3 - Parte 01

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CAPÍTULO 3 APRESENTAÇÕES O automóvel vermelho parou diante da fazenda de Ricardo Linhares. Após abrir a porta do motorista, uma bela mulher surgiu. Sentado numa cadeira na varanda, ele a observou com curiosidade enquanto ela se aproximava. Tinha cerca de vinte e seis anos, pele muito clara. Usava uma calça branca e uma blusa amarela que combinava com os compridos cabelos loiros. Eram oito horas de uma esplêndida manhã de um sábado. A aparência dela trouxe-lhe à mente uma outra pessoa.  Então, logo, uma saudade apertou-lhe o coração. Já próximo a ele, ela o cumprimentou com entusiasmo. Entretanto, no sotaque de sua voz feminina, havia algo de diferente.  Ele se levantou e a cumprimentou com um afável aperto de mão.  "Bom dia, moça, seja bem-vinda à minha fazenda." Ela se acomodou numa cadeira de frente para ele. Observando-o discretamente, calculou que tinha cerca de sessenta anos. Apesar das marcas do tempo em seu rosto, ele ainda conservava muito da beleza e do charme de sua

O Enigma da Pantera - Capítulo 2 - parte 02

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  E, após alguns minutos, disse, em tom melancólico:  "Terrível, não?"... Um dos corpos estava tão dilacerado que tive dúvidas... Mas os outros eu consegui reconhecer, apesar de não ter sido nada fácil." Concluiu o delegado. Sentada ao lado do pai, comovida e espantada com o breve relato que ouvira, Bruna se manifestou:  "Que horror!... Mas, afinal, quem... ou o que pode ter feito isso com eles? O delegado a encarou e disse:  "Eu não sei, minha jovem." Mas pretendo descobrir." José Pires alisou a barba branca, pensativo. Depois, opinou: "As onças não têm o costume de atacar as pessoas." Além disso, vivem nas serras mais distantes. No entanto, é a única explicação que encontro."  --- "Foi a primeira coisa que pensei," concordou o delegado. "Mas, de qualquer maneira, pretendo investigar." "Os cadáveres ainda estão no local?" Perguntou o fazendeiro.  "Creio que já foram removidos pelos policiais que traba

O Enigma da Pantera - Capítulo 2 - Parte 01

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  O Vale do Lajeado No dia seguinte, reaparecia por trás das serras o sol. Então, o Vale do Lajeado se tornava visível mais uma vez: era o amanhecer de um novo dia. Para qualquer direção que se olhasse, podia se ver o verde vivo da bela paisagem com as serras cobertas de verdejante vegetação.  Podia se sentir um frescor gostoso, o perfume das flores e do mato no ar. O orvalho ainda umedecia a relva, e a vida nas  fazendas ao poucos ia retomando o seu ritmo habitual. Sentado à cerca do imenso curral de sua fazenda, José Pires, um dos mais ricos fazendeiros da região, observava um pequeno grupo de homens lidando com o gado.  Dava-lhes ordens em voz alta a qual se misturava aos berros potentes dos animais. Levantar-se cedo para administrar a sua propriedade, era um hábito prazeroso. Tinha cerca de sessenta anos, porém, a vontade e disposição de um rapaz de vinte. Olhava para o interior do curral, quando sentiu um leve toque no ombro. Girou a cabeça para ver quem era, depois disse:  "

O Enigma da Pantera - Capítulo 1 Parte 02

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  O riacho, que todos os moradores da região o apelidavam de lajeado, refletia,como se fosse um espelho, os raios lunares; algo que provocava um efeito visual belíssimo em sua água rápida e ruidosa. Com os olhos fixos na água, João exclamou: --- Fisguei mais um!... Com rápidos e hábeis movimentos, recolheu a linha. A vítima da vez, um peixe dourado, procurava se libertar do anzol.  Mas, após alguns segundos, era tirado da água. Seu algoz sorria: "É, meu amigo, te fisguei pra valer!"  Nas mãos, sentia as escamas úmidas e viscosas.   "Bem, já temos bastante peixe... Vamos nos juntar a Luís?"  Disse Francisco. O outro sorriu dizendo:   "Não precisa dizer duas vezes, parceiro."    "Então, o que estamos esperando?" Apressou-se Francisco fazendo menção de ir para o local no qual se encontrava Luís. Quando, então, se afastaram das margens do lajeado começando a penetrar no mato, que os cobriu parcialmente, ouviram um grito partindo do acampamento.  Por