O Enigma da Pantera - Capítulo 2 - parte 02


 


E, após alguns minutos, disse, em tom melancólico: 

"Terrível, não?"... Um dos corpos estava tão dilacerado que tive dúvidas... Mas os outros eu consegui reconhecer, apesar de não ter sido nada fácil." Concluiu o delegado.

Sentada ao lado do pai, comovida e espantada com o breve relato que ouvira, Bruna se manifestou: 

"Que horror!... Mas, afinal, quem... ou o que pode ter feito isso com eles?

O delegado a encarou e disse: 

"Eu não sei, minha jovem." Mas pretendo descobrir."

José Pires alisou a barba branca, pensativo. Depois, opinou:

"As onças não têm o costume de atacar as pessoas." Além disso, vivem nas serras mais distantes. No entanto, é a única explicação que encontro." 

--- "Foi a primeira coisa que pensei," concordou o delegado. "Mas, de qualquer maneira, pretendo investigar."

"Os cadáveres ainda estão no local?" Perguntou o fazendeiro. 

"Creio que já foram removidos pelos policiais que trabalham comigo." Depois de uma pausa, José Pires disse com voz triste: 

"É lamentável... mas um dos três mortos pode ser o Luisinho." Disse-me ontem que participaria de uma pescaria noturna. Francisco e João, empregados de meu vizinho Laerte, iriam com ele." 

Fazendo um gesto rápido. O delegado tirou do bolso um relógio de pulso. 

"O corpo estava numa situação deplorável."

José Pires segurou o objeto. E sussurrou com tristeza:

"Dei de presente a ele na semana passada." 

O delegado ouviu atentamente. Depois, recolocou o chapéu na cabeça para, em seguida, se levantar.

"Agora preciso ir." Obrigado pelo esclarecimento, Sr. José Pires. Tenham um bom dia." 

"Eu lhe fico grato por ter vindo me avisar, Dr. Raul, apesar de ter sido uma notícia muito ruim." 

Bruna acompanhou com o olhar o delegado saindo em seu automóvel. Depois, voltou-se a José Pires com uma expressão de tristeza em seus lindos olhos verdes.

"Coitado do Luisinho, papai. "Foi muito triste o que lhe aconteceu."

Mas assim é a vida, minha filha. Afinal, quem é que pode prever o destino?" 

"É... o destino é imprevisível mesmo. E, muitas das vezes, letal! Concordou ela.

 

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